Psiquiatra BH | “Já tomei vários antidepressivos e não melhoro”

Se você já experimentou diferentes antidepressivos e continua sem se sentir melhor, saiba que você não está sozinho — e, mais importante, existe ajuda e esperança.

A depressão é uma condição complexa, e nem sempre o primeiro (ou segundo, ou terceiro) medicamento trará o alívio esperado. Isso não significa que o tratamento falhou, mas sim que pode ser necessário um olhar mais aprofundado e personalizado sobre o seu caso.

Por que os antidepressivos podem não funcionar?

Existem várias razões pelas quais os antidepressivos podem não surtir o efeito desejado:

  • Diagnóstico impreciso: às vezes, o que parece ser depressão pode estar relacionado a outras condições, como transtorno bipolar, transtorno de personalidade, ansiedade intensa ou até causas clínicas (como alterações hormonais).
  • Tipo de depressão: existem diferentes tipos e intensidades de depressão. Algumas respondem melhor a certos medicamentos do que outras.
  • Fatores biológicos individuais: cada cérebro é único. A genética, o metabolismo e o funcionamento dos neurotransmissores variam de pessoa para pessoa.
  • Uso inadequado da medicação: interrupções precoces, doses inadequadas ou o tempo insuficiente de uso podem comprometer os resultados.
  • Fatores externos não tratados: estresse crônico, relacionamentos abusivos, traumas não resolvidos ou falta de suporte psicológico também podem interferir na resposta ao tratamento medicamentoso.

E agora? O que fazer quando os antidepressivos não funcionam?

Se você já tentou várias medicações e não obteve melhora significativa, isso não significa que você não tem solução. Na verdade, esse é o momento de buscar uma avaliação psiquiátrica mais detalhada e cuidadosa.

Um atendimento individualizado pode incluir:

  • Reavaliação diagnóstica completa
  • Exploração de outras abordagens terapêuticas, como estabilizadores de humor, antipsicóticos em baixas doses ou terapias combinadas
  • Tratamento em conjunto com psicoterapia
  • Análise de fatores clínicos e estilo de vida, como sono, alimentação, uso de substâncias ou condições hormonais

Você não precisa passar por isso sozinho

A frustração de não encontrar um tratamento eficaz pode ser imensa, mas também pode ser um incentivo para buscar um cuidado mais detalhado e acolhedor.

Texto revisado pela psiquiatra Andressa Teixeira, CRM 73578 RQE 54050.

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